E chega um novo “Dia das Bruxas”, época do ano em que o site é muito, muito visitado. Não existia outro dia senão hoje para dizer que ele está de volta, mas ainda se estruturando. A partir de agora, ele terá seções como em uma revista, como você pode conferir na aba “Blog”. A “Enciclopédia” continua, mas já aviso logo que será inteiramente reformulada. Na aba “Fala-se de”, você confere assuntos diversos que dizem respeito à Bruxaria no geral. “Lugares” dispensa apresentações. E, em “Colunas”, as colunas do blog, escritas por outras bruxas, bruxos e simpatizantes.
Todos os posts estão sendo revisados e terão tags para ficarem mais fácil de serem encontrados ao buscar por algum tema. Nosso sistema de busca, no entanto, continua funcionando melhor que qualquer menu e pode ser conferido à sua esquerda. Nesse período de reestruturações, melhor utilizá-lo.
Pude observar, no passar dos meses, movimentos curiosos com relação à Bruxaria no Brasil. Muito foi dito (alguns insistentemente, como se a necessidade de provar algo fosse mais importante que o algo em si) e as pedras continuaram rolando. (In)felizmente, não frequento rituais públicos, palestras, eventos do tipo, simplesmente porque o tempo e a distância não mais me permitem. Até me interesso, mais para saber o que está acontecendo, sendo dito, discutido. Mas não consigo acompanhar. E aí eu cheguei à conclusão que, como vocês perceberão, norteará este site daqui em diante – a Bruxaria tem uma tendência a se marginalizar. A bruxa, em si, tem essa tendência. Já escreveria Rae Beth, em seu livro “A Bruxa Solitária”:
“Que eu seja como algo que tece o pano na floresta, profundamente escondida. Que eu possa fazer o meu trabalho sem interrupção. Que eu seja uma exilada, se é este o sacrifício.”Covens e comunidades sempre existirão, pois viver junto faz parte da humanidade, mas viver sozinho também – interiorizar e buscar lá dentro o que cada um tem de essencial também faz parte da nossa natureza. Por que fugir disso? Por que lutar contra isso? Não existem motivos. Cada um tem suas razões e estudos e conclusões que, obviamente, não podem ser sentidos por outras pessoas, pois são pessoas diferentes. Deixe a verdade fluir, então. Nada de tentativas exaustivas de desmistificação de algo que nem público era para ser. Mas todas as outras coisas, a nossa história, a filosofia, os conhecimentos herbários, do cotidiano, e demais escritos publicados podem ser discutidos pois são a base do conhecimento tradicional, apesar de não ter o fio que os liga, que é passado sem palavras.
Quando o Bruxaria.net foi ao ar pela primeira vez, no inverno brasileiro de 2004, ele tinha seu “slogan” como “a lua brilha para todos”. E sim, ela ainda brilha. Mas será que todos percebem o seu brilho? Será que todos vivem sob a escuridão? A resposta certamente é não.
E nem é para ser de outro jeito.
Estamos de volta.
Samhain, 2011
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